O Arcebispo da Santa Fé da Beira Cruz, Dom José María Arancedo, assinalou durante seu discurso breve semanal que "o tema da vida humana não é um fato privado que fica a livre determinação de uma pessoa, mas sim em sua dignidade compromete à sociedade política e juridicamente organizada".

Nesse sentido, o Prelado se referiu ao caso de aborto de uma jovem portadora de necessidades especiais e advertiu que é "preocupante" que "a autoridade política, em lugar de orientar os passos em uma clara defesa da vida da criança por nascer, manifestou-se em atitudes a favor de uma ampliação e generalização do aborto".

Lamentou que ao emitir uma sentença, a autoridade jurídica não tenha "em conta os Pactos Internacionais, por exemplo o de São José da Costa Rica ou a Convenção sobre os Direitos da Criança, que obrigam de modo inequívoco a garantir a vida da criança por nascer. A Argentina é signatária destes acordos".

A "defesa da vida, além da tutela jurídica, deve começar por acompanhar humana e espiritualmente à mãe para que leve a bom fim ao que nela já existe, e não em oferecer uma aparente, mas equivocada, solução", expressou.

Dom Arancedo recordou que o direito à vida é um daqueles "princípios não negociáveis" e indicou que "não se trata de princípios religiosos nem de um tema que possa ficar liberado à apenas de decisão de uma pessoa, mas sim de considerar a vida nascente como a realidade de um ser que em sua autonomia e dignidade, reclama o cuidado de seus direitos, precisamente o primeiro deles é o da vida".