SANTIAGO, 9 de out de 2007 às 13:27
O Presidente da Conferência Episcopal do Chile, Dom Alejandro Goic, assinalou que com a Primeira Assembléia Eclesiástica que começa nesta quarta-feira na capital chilena, a Igreja procura um caminho mais participativo de discernimento, conforme a sua missão de ser "casa e escola de comunhão".
Dom Goic explicou que "no contexto do impulso renovador que brota das conclusões de Aparecida", a convocatória à Assembléia Eclesiástica –que reunirá às diversas expressões da Igreja no Chile– resulta "uma experiência inédita e inovadora no modo de preparar as futuras Orientações Pastorais de nossa Igreja".
O Prelado assinalou em um artigo publicado pelo jornal 'El Mercurio', que o evento será um "histórico momento de comunhão e participação" que se viverá no Centro de Peregrinos de Schoenstatt, em Santiago, entre 10 e 12 de outubro, e que concluirá com uma solene Missa de encerramento na sexta-feira, dia 12, às 7:30 p.m. no Santuário de Maipú.
"Às gerações de hoje nos corresponde trabalhar, com generosidade e altura do olhar, para poder saldar aquelas grandes dívidas de nossa sociedade, particularmente as que afetam a nossos irmãos mais pobres, sofredores e vulneráveis", disse o Prelado.
"Estes temas-país não são um assunto de fácil despacho, porque requerem ser abordados com docilidade de espírito e uma disposição a nos escutar uns aos outros, exercício cada vez menos freqüente entre nossos costumes", adicionou.
Dom Alejandro Goic destaca no artigo que "o que mais quer para o Chile a Igreja, como discípula e missionária de Jesus Cristo, é justamente seu maior bem"; porque "a Igreja ama a este país, cuja alma constituímos todas as pessoas que aqui vivemos e que ‘fazemos pátria’ dia a dia".
"É por isso que os bispos, ao celebrar os 50 anos de vida da Conferência Episcopal do Chile, quisemos viver uma experiência inédita na história de nossa Igreja, inovando no modo de preparar as Orientações Pastorais que conduzirão nossa ação evangelizadora pelos próximos cinco anos, justo no período do Bicentenário".
Logo depois de descrever a Assembléia Eclesiástica como "um histórico processo de comunhão e participação em que acolheremos com carinho os aportes construtivos do povo de Deus que peregrina em nosso Chile", o Presidente da CECH destaca que a Igreja procura, com esta Assembléia Eclesiástica, "um caminho mais participativo de discernimento, conforme a nossa missão de ser ‘casa e escola de comunhão’".
"Neste ânimo de encontro e escuta, de unidade na diversidade, de comunhão fraterna, deixamo-nos conduzir pelo Espírito na formosa tarefa de nos enriquecer mutuamente e assim gerar, em conjunto, as proposições para as grandes linhas orientadoras com que a Igreja no Chile quer represar seu trabalho evangelizador, em meio dos complexos desafios sociais que enfrentamos, mas sempre ao serviço dos homens e mulheres desta pátria onde ninguém sobra", conclui.