O Diretor do escritório internacional da Fundação Vida, José Antonio Retamar, indicou que "qualquer entidade que se proclama contrária à pena de morte, mas em seguida admite o aborto em determinados supostos, incorre em uma importante contradição".

Ante a próxima votação da 62° Assembléia Geral da ONU pela suspensão mundial da pena de morte, Retamar afirmou que a associação que dirige espera que se tenha em conta que o fundamento de tal proposta é o direito humano à vida e adicionou que "não se pode promover que não haja pena de morte, enquanto se promove a despenalização do aborto ou se pressiona para introduzir o feticidio".

Depois de expressar seu "frontal oposição a toda pena de morte" por ir "diretamente contra do direito humano à vida", Retamar assegurou que "o sujeito deste direito é universal, com o qual não admite exceções, e seu objeto se estende do momento da concepção até a morte natural".

"Por isso, aquelas ONGs que não admitam a universalidade do sujeito, ou limitem seu objeto, não sustentam suas reivindicações nos direitos humanos, mas sim em uma política social oportunista".