O Secretário de Relações com os Estados da Santa Sé, Dom Dominique Mamberti, assinalou que para que o México se converta em um Estado laico moderno é preciso que não só tolere as expressões religiosas, mas também as defenda, respeitando "o direito humano à liberdade religiosa" garantido por convênios internacionais.

"Sem dúvida alguma nos ajudará a visualizar em um dialogo fraterno os caminhos que o México precisa percorrer para avançar para um Estado laico moderno que não só tolere as expressões religiosas mas também, reconhecendo o direito humano à liberdade religiosa, defendendo, garantindo e promovendo como corresponde a um estado que pretenda ser Estado de direito autêntico e fundamentado na justiça e nos direitos humanos inalienáveis e individuais", expressou o Prelado.

Dom Mamberti deu estas declarações durante a Conversa Comemorativa do 15º Aniversário do Estabelecimento de Relações Diplomáticas entre o México e a Santa Sé, organizado pela Secretaria de Relações Exteriores, o Colégio do México e a Instituição Matías Romero.

Conforme informou o Sistema Informativo para a Arquidiocese do México, o Prelado disse que embora o Estado e a Igreja tenham objetivos diferentes, "o sujeito ao que atendem é o mesmo: cada ser humano que merece respeito a sua dignidade e; respondendo a sua vocação transcendente, a Igreja se ocupa sempre de manter relações com as diferentes comunidades políticas".

Dom Mamberti explicou que o bem das pessoas e das comunidades se beneficia "quando existe um dialogo construtivo e articulado entre a Igreja e as autoridades civis, o que se expressa também mediante a estipulação de acordos recíprocos".

Nesse sentido, recordou que a finalidade das relações diplomáticas da Santa Sé é promover a "preservação da liberdade, a defesa e a promoção da dignidade no mundo inteiro. Entendemos por liberdade religiosa o que todos os homens estejam livres de coação seja esta individual, social ou de qualquer poder humano de modo que em matéria religiosa não se obrigue a ninguém a atuar contra sua consciência".

Finalmente, depois de afirmar que o Papa Bento XVI está pendente do tema da liberdade religiosa no México, Dom Mamberti chamou os mexicanos a defender este direito fundamental e manterem-se fiéis "a suas raízes e de levar adiante sua fé no mundo de hoje".