A Comissão de Direitos Humanos do Distrito Federal do México (CDHDF) o que faz é "adulterar os conteúdos de alguns direitos humanos", como o inalienável direito à vida que todo ser humano tem, ao solicitar que a Corte Suprema "despreze as impugnações" contra a lei que despenalizou o aborto até a 12ª semana de gravidez.

Em uma nota de imprensa, a Fundação de Vida (Espanha), através de seu Diretor do Escritório Internacional, José Antonio Retamar, denunciou com este fato, o que faz a CDHDF é "desviar do âmbito jurídico o tratamento da questão, para conduzi-lo aos meios de comunicação".

Em seguida explicou que a CDHDF "não sustenta com argumentos jurídicos sua posição contrária ao recurso de inconstitucionalidade interposto pela Procuradoria Geral da República (PGR) e a Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) formulado contra as mencionadas reformas legais, e reduz sua oposição à apresentação de argumentos banais".

Para Retamar, "o fato principal, e que a CDHDF parece ignorar, é que no Distrito Federal já morreram desde a despenalização do aborto, no mês de abril passado, 2.300 seres humanos e que a CDHDF não impediu essa matança, mas sim a alenta".

"O direito à vida é universal, e o aborto provocado vai contra esse direito. Fazer propaganda como algo bom é tanto como promover a guilhotina em pleno século XXI, e oferecê-lo como algo positivo, por ser ‘saudável, higiênico e seguro’, não é realista", precisa.

Depois de recordar que a Constituição mexicana protege o direito de todo ser humano à vida, o Diretor do Escritório Internacional da Fundação Vida recorda que os tratados internacionais assinados pelo Presidente da República e aprovados pela Câmara do Senado, "são de observância obrigatória, como o é a Convenção sobre os Direitos da Criança, onde se afirma o direito intrínseco da criança à vida, ou o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, ou a Convenção Americana de Direitos Humanos".