Uma fonte católica familiarizada com a situação do Sudão informou à organização internacional Ajuda à Igreja Necessitada (AIN) que a cidade de Juba (ao sul do país) é uma "bomba relógio que pode explodir em qualquer momento, com conseqüências para todo Sudão".

Segundo esta fonte citada pela AIN, no Sudão poderia desatar uma nova guerra "mais devastadora ainda que a precedente". Assegura que qualquer pretexto poderia desencadear a catástrofe, precisando que já na última guerra o SPLA (Exército de Liberação do Povo Sudanês) "era em todos os sentidos comparável com as tropas de Jartum". A mesma fonte adverte de que seus soldados estão acostumados à "lei da selva" e que são capazes de tornarem-se "muito violentos".

A fonte explica que Juba "nunca deixou de ser uma cidade sitiada. Há soldados em qualquer parte e no ambiente flutuam as suspeitas. Segundo alguns rumores que circulavam há duas semanas, o presidente do sul de Suam, Salva Kirr, tinha sido assassinado", informação que foi desmentida em seguida por ele mesmo em uma Missa dominical em que pediu que "não se ocupasse destes rumores", pois poderiam "conduzir facilmente a uma guerra", e acrescentou que qualquer que provoque este tipo de situação é um "inimigo da paz".

Uma pessoa que assistiu a tal Missa explicou à AIN que toda esta situação demonstra o quão "frágil que é ainda a paz", pese ao acordo de paz assinado em janeiro de 2005 entre o norte e o sul do país. Tal fonte assegura que o acordo "poderia romper-se em qualquer momento", e roga: "Rezem por nós!".

AIN finaliza a nota pedindo a "todos os católicos do mundo que rezem pela paz em Suam".