Diversos setores da sociedade dominicana, da Igreja, associações civis e líderes políticos, anunciaram medidas para expressar sua oposição ao projeto de lei que procura despenalizar o aborto no país e que se encontra no Congresso.

Em declarações à imprensa, os bispos de São Francisco de Macorís, Dom Jesús Maria de Jesús Moya; e de Puerto Plata, Dom Julio César Corniel Amaro, expressaram seu rechaço ao aborto por ser o assassinato de um inocente.

"A Igreja estará de frente contra tudo o que atente contra a vida dos seres humanos e para obter esse propósito está disposta a empreender todas as ações necessárias para que se respeite esse direito inalienável a viver do homem e a mulher", afirmou Dom Corniel Amaro a um meio local, e indicou que se realizará uma assembléia diocesana para planejar as atividades em defesa da vida.

Por outro lado, anunciou-se para em 25 de outubro uma Missa diante do Parlamento que será presidida pelo Arcebispo de Santo Domingo, Cardeal Nicolás de Jesús López Rodríguez. Posteriormente, no domingo, dia 28, realizar-se-á uma Passeata pela Vida.

Do mesmo modo, o Partido Reformista Social Cristão (PRSC) e seu candidato presidencial, Amável Aristy, iniciarão esta semana a campanha nacional "Luz verde à vida".

Em declarações à imprensa, Aristy afirmou que o Presidente Leonel Fernández é o responsável por que o tema do aborto tenha prosperado já que, recordou, observou o novo Código Penal que criminalizava claramente esta prática.

Acrescentou que sua postura não é politiqueira mas sim vai de acordo aos princípios que propugnam os partidos da corrente social cristã, "que estabelecem que o direito à vida é um direito humano fundamental e absoluto que não admite restrições".

"Ninguém está em capacidade de determinar ou decidir quem deve nascer e quem deve morrer. Por isso nossa campanha Luz verde à vida", assinalou.

Por sua parte, durante o Foro pela Vida, fiéis laicos da Pastoral Familiar da Região Sudeste, rechaçaram o projeto de lei que procura despenalizar o aborto, e recordaram que é dever estado honrar à família e defender a vida.

Finalmente, a senadora pelo Santo Domingo, Cristina Lizardo, pediu a presença de instituições que garantam o respeito absoluto pela vida. "Desejo expressar que o direito à vida não é questão religiosa, mas sim moral e jurídica, e que é um mandamento de Deus", afirmou.