O Arcebispo de Paraná, Dom Mario Luis Bautista Maulión, assegurou que o aborto é uma problemática mais comum do que se pensa pois não se reduz ao caso da jovem portadora de necessidades especiais de 19 anos de Entre Rios mas sim é uma "crescente prática que vamos tendo como sociedade".

Em sua homilia durante a Missa em honra a São Miguel Arcanjo, padroeiro de Entre Rios, o Prelado condenou "a consolidação de um crime, como é matar a um inocente já desde antes de nascer, que é pessoa, e que tira essa vida violentamente, friamente, até legalmente".

Depois de indicar que "frente à vida, da mesma origem humana, aparece à morte, a destruição e a anulação da vida"; Dom Maulión afirmou que isto vai acontecendo quando "o homem se sente dono e acredite ser dono da vida" e "não só da própria, mas sim até a de outros", entretanto "desde Jesus, vemos que a vida é um presente, é um presente imerecido" que "deve cuidar-se, cultivar-se".

Ante os paroquianos reunidos, o Arcebispo de Paraná advertiu dos "fatos em nossa vida parecem ir crescendo" como "a banalização do amor reduzido a intensas emoções passageiras; a fragmentação da família", "a falta de uma intensa e integral educação para o amor", trazem "como conseqüência feridas, enfermidades e mortes".

"O que nos acontece assim que descuidamos da vida? O que nos acontece para viver assim, para pensar que assim vivemos como homens?" questionou Dom Maulión e adicionou que "por momentos, parecemos submersos na escuridão, em paixões, que procuramos solucionar problemas sem prestar atenção a que essas soluções são novas tragédias que destroem a homens".

Em seguida demarcou que "como fieis, como cidadãos, temos que optar pela vida, por toda vida, pela vida dos mais frágeis e indefesos" pois "nos pede isso a pátria, que proclama o direito fundamental à vida para toda pessoa humana, desde sua própria concepção".