O Secretariado Nacional para a Família, da Conferência Episcopal Argentina (CEA), repudiou o novo aborto legal praticado em Mar del Plata a uma jovem portadora de necessidades especiais e recordou que "quando quem mata é o governo, perde toda credibilidade e também morre a democracia".

Em um comunicado oficial, o Secretariado aludiu às autoridades públicas nacionais e provinciais que intervieram no aborto de um concebido de quatro meses, e acusou de prevaricação aos juízes do Tribunal Superior da província de Entre Rios que reverteram uma sentença contra o procedimento.

"A mãe de uma jovem portadora de necessidades especiais do Paraná –grávida de 4 meses– pediu que eliminassem seu neto, porque não podia arcar com sua criação. O pai da jovem grávida, ofereceu-se para adotá-lo e encarregar-se dele. Insolitamente, o tribunal superior de Entre Rios condenou a morte à pessoa por nascer, em lugar de aceitar o pedido de seu avô", recordou o Secretariado.

O comunicado denunciou que "os médicos do paranaense Hospital Materno Infantil São Roque, negaram-se a executar a sentença, por razões clínicas e de consciência. Antes que ficasse firme a sentença, a menor foi levada às escondidas para Mar del Plata, e em um hospital público de tal cidade, cometeu-se o homicídio pré-natal".

"O ministro da saúde (sic) declarou à imprensa que, nem bem cometido o aborto, falou por telefone com o ministro da saúde (sic) da Nação, quem ‘em todo momento esteve a nossa disposição’. É a cultura da morte, em sua versão mais hipócrita e cruel", adicionou.

O Secretariado recordou que "todo problema humano tem uma solução humana. A adoção é a resposta à pobreza, a incapacidade ou a impossibilidade de criar uma criança. Matar é desumano".