O Conselho Global dos Cristãos Índios (CGCI) pediu à Presidente da República da Índia, Pratibha Devisingh Patil, "que terminem as discriminações e as ameaças" contra os cristãos e que se dê "uma investigação séria sobre os culpados das intimidações" para "fazer com que se respeite a aproximação secular e tolerante da Constituição da Índia".

Em um recente carta, a comunidade cristã na Índia assinala que "estamos gravemente preocupados com o aumento da violência perpetrada contra os cristãos" e "temos provas que ela está vinculada à mudança de governo no Estado", aludindo ao Partido Popular Indiano como um dos responsáveis pelo clima de impunidade existente pelos atos de violência realizados em nome da "hinduidade", assinala a Agência Fides.

O Conselho Global nota que a ascensão da atual classe política contribuiu a alimentar as tensões na sociedade, deixando espaço aos que procuram satanizar a comunidade cristã ou garantindo a impunidade a quantos cometem violências.

A missiva do CGCI indica que os cristãos "encontram-se na primeira linha no serviço a um grande número de pobres e necessitados em nosso país". "Nosso patriotismo e o compromisso pelo bem da nação se expressou tangivelmente em forma de serviço" aos "menos avantajados da sociedade", além de promover atividades sociais como "orfanatos, hospitais, centros sociais, berçário, escolas", afirma a carta.

Entretanto "os cristãos foram freqüentemente apresentados como caluniadores ou estrangeiros nocivos ao país", assevera o documento. "Quanto deveremos esperar para ser reconhecidos plenamente como cidadãos, amantes da paz e respeitosos da lei, comprometidos com o progresso da nação?", questiona o CGCI.