O Arcebispo de Corrientes (Argentina), Dom Domingo Salvador Castagna, assegurou que "poucos se atrevem a denunciar situações e comportamentos contrários à moral sustentada pelos antepassados" por isso é "preciso que surjam gerações dispostas à virtude e ao trabalho solidário".

"Para isso se requer deixar atrás os planos egocêntricos e projetar o futuro pessoal ao serviço humilde da comunidade", indicou.

"Acaso não existem valores permanentes? O que ontem foi bom é agora mau? A verdade que animou a conduta e o sacrifício dos próceres, é agora mentira e dissimulação?", questionou o Prelado e adicionou que "terá que remar contra a corrente e ter o valor de rebater a corrupção instalada abertamente na sociedade chamada 'moderna e progressista’".

Dom Castagna assinalou que "é lamentável que o apetite pela verdade tenha diminuído sua intensidade" e que "o clima humano está rarefeito pela presença de elementos tóxicos que insensibilizam o espírito e freiam toda honesta busca da verdade, a beleza e o bem" e indicou que como "os obstáculos são tantos" se "corre o risco de baixar os braços e declarar inútil todo empenho".

Ante isso "é preciso anular esse risco recuperando os valores cristãos que estão nos princípios aprendidos da infância", sustentou o Arcebispo. "Suposta essa renovadora corrente do espírito, o Evangelho –que é graça– poderá ser proposto com liberdade e transparência", asseverou.

Depois de indicar que "a fé produz a convicção de que Deus veio –e sempre vem– para ministrar o remédio oportuno de sua graça", o Prelado assegurou que "a incredulidade, o materialismo e a frivolidade reinantes afastam perigosamente do fornecimento desse remédio". Por isso "os evangelizadores devem ‘carregar suas pilhas’ para oferecer ativamente a graça de Cristo a quem se disponha a recebê-la", adicionou.