No marco do processo eleitoral argentino, o Arcebispo de La Plata, Dom Héctor Aguer, advertiu que não se deve identificar a "ginástica eleitoral" com a vivência de uma "autêntica democracia" e explicou os quatro aspectos "não negociáveis" para o católico na hora de emitir o voto.

Em sua reflexão semanal no programa televisivo "Claves para un Mundo Mejor" (Chave para um Mundo Melhor), o Prelado indicou que "a Igreja aprecia o sistema da democracia, na medida em que assegura a participação dos cidadãos nas opções políticas e garante aos governados a possibilidade de escolher e controlar a seus próprios governantes, ou a de substituí-los oportunamente de maneira pacífica".

Dom Aguer afirmou deste modo que "não se pode identificar a ginástica eleitoral que nós, os argentinos, praticamos com a vivência de uma autêntica democracia". 

Depois de assinalar quão oportuna resulta esta distinção na presente junta eleitoral argentina, o Arcebispo explicou que "existem valores fundamentais para a vida da sociedade" que devem levar em conta.

"Bento XVI assinalou recentemente quatro, que -como ele diz- não são negociáveis: o respeito e defesa da vida humana da concepção até seu fim natural; a família, fundamentada no matrimônio de um homem e uma mulher; a liberdade que têm os pais para educar seus filhos de acordo a suas próprias convicções; e a promoção do bem comum em todas suas formas". 

Finalmente denunciou que "existe na sociedade política argentina, uma crise de representação; as campanhas eleitorais não preparam aos cidadãos para escolher responsavelmente, mas bem justamente o contrário, promovem a confusão e a descrença. Assim se tergiversa na prática o regime republicano, que devia nos reger e assegurar a promoção do bem comum em todas suas formas".