Realizaram ontem uma série de pichações ofensivas nas paredes e colunas da Catedral metropolitana da capital da Argentina. Nelas se pode ler, entre outras coisas insultos à Igreja e possíveis ameaça.

"A única Igreja que ilumina é a que arde", "aborto livre e gratuito", "genocida", são apenas algumas das frases que apareceram na Catedral na manhã de 19 de setembro.

O reitor da Catedral, Pe. Jorge Alberto Junor, declarou à agência AICA que os extremistas responsáveis pelas pichações "não sabem o que dizem" porque, embora parece que a intenção é ameaçar ou fazer mal, o que estão expressando em realidade é a "manifestação da força de Jesus neles mesmos", no sentido de que a Igreja que ilumina é a que arde pelo fogo do Espírito Santo.

Depois de recordar que "há uma campanha contra a Igreja Católica", o Pe. Junor destacou que "a Igreja se não ser perseguida é cúmplice. Tem que seguir o caminho do Senhor. Esta é uma Igreja que está andando por onde deve andar e se fosse aplaudida terei que suspeitar".

Em seguida ressaltou que os agressores não sabem o que dizem ao acusar à Igreja de "genocida" e pedir ao mesmo tempo "aborto livre e gratuito", o que é claramente uma clara contradição. O problema mais grave é a falta de educação e que "sempre falamos sem saber", precisou.

"Nem sequer sabem o que estão atacando", prosseguiu o presbítero e destacou a "profunda ignorância a respeito da Igreja e da sociedade" que têm os responsáveis pelas pichações.

"A Igreja defende profundamente a dignidade humana e todos os direitos humanos. Jamais vai entrar em cumplicidade com Estados que violam os direitos humanos e não se associou ao Estado no Processo", destacou o sacerdote e denunciou que quem afirma isso manifestam "uma falta de conhecimento do papel que cumpriu a Igreja nesses tempos" por isso aconselhou ler os documentos do Episcopado argentino a respeito.