O Núncio Apostólico na República Dominicana, Dom Timothy Broglio, fez um chamado às autoridades e cidadãos a proteger toda vida humana no meio do debate sobre a eventual legalização do aborto no país.

"Meu chamado como homem, sacerdote e representante do Santo Padre é que se respeite a vida humana e fazer de tudo para que esse respeito seja realidade, de não mudar a lei atual", indicou o Arcebispo e precisou que "assassinar a uma criatura antes de nascer também é um ato criminal".

Por sua parte, o diretor do Escritório Internacional de Fundação Vida, José Antonio Retamar, denunciou que "as tentativas de despenalizar o aborto na República Dominicana são um teste de como está a corrupção política neste país. Porque se despenaliza o feticidio humano é que entre os legisladores há um alto grau de corrupção".

Retamar  esclareceu que "com uma população de cerca de nove milhões de habitantes, a imprensa da República Dominicana estima que se produza 80.000 abortos procurados; enquanto que na Espanha, com 45 milhões de habitantes, os abortos legais são 100.000 ao ano, quando existe na prática o aborto livre. Por isso, essas cifras de 80.000 abortos na República Dominicana não podem ser certas. Isto é uma amostra mais de como as cifras estimadas de abortos se exageram conforme convenha".

Ao mesmo tempo, o presidente da Força Nacional Progressista (FNP), Pelegrín Castelo insistiu "às autoridades nacionais, congressionais, executivas e judiciais a reforçar as políticas e programas de defesa da família" e animou à mobilização social para protegê-la como "a principal geradora de capital humano e social".