O Secretário Geral do Episcopado colombiano, Dom Fabián Marulanda López, qualificou de tema "espinhoso e difícil" além de improcedente a insistente proposta que o Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, fez a seu par colombiano, Álvaro Uribe, para que desmilitarize uma parte da região de Caguán–Caquetá (selva colombiana) e reunir-se ali com o principal líder das FARC, Manuel Marulanda Vélez, aliás "Tirofijo".

O também Bispo Emérito de Florência indicou que "esta iniciativa é contrária à decisão política do Governo" que foi muito claro e "reiterativo" em sua decisão de não limpar nenhuma região do país para que se discuta a liberação dos seqüestrados. Deste modo assinalou que "estaria muito bem em realizar essas reuniões por fora do país, se é que querem fazer um contribuição à paz da Colômbia".

Ao referir-se a possível participação do Presidente da França, Nicolás Sarkozy, na reunião planejada por Chávez, o Prelado reprovou que o mandatário francês só "foi reiterativo em sua vontade de querer resgatar (Ingrid) Betancourt, mas não vejo que tenha uma decisão de combater definitivamente o seqüestro e de advogar pela liberação de todos os seqüestrados na Colômbia".

Dom Marulanda assegurou que a Igreja continuará atenta a emprestar sua colaboração para o acordo humanitário mas sem o protagonismo político que lhe corresponde assumir o governo.

Ante a insistência Hugo Chávez, quem em um programa disse: "Presidente Uribe, você me pediu ajuda, eu quero ajudar. Agora, me ajude você. Faço-lhe o pedido formal ante o mundo: permita-me falar com Marulanda na Colômbia"; o mandatário colombiano respondeu: "o dito não terá que repeti-lo" aludindo ao rechaço da proposta que fez ele e outros membros do Governo.