O pai de uma jovem portadora de necessidades especiais, que seria submetida a um aborto legal em Paraná, pediu aos médicos que evitem o procedimento e prometeu ajudar na manutenção de seu neto.

A jovem de 19 anos teria engravidado aparentemente em uma violação. Embora uma corte decidiu que o aborto não procedia, a Câmara de Apelações revogou esta sentença e em poucos dias seria submetida ao aborto a pedido de sua mãe.

Em declarações a Canal Onze, Mario Martínez, advogado do pai informou que apresentou uma nota à Direção do Hospital de Crianças manifestando "seu desejo de que não se interrompa a gravidez e pediu que os médicos possam informar e orientar à mãe da neném portadora de necessidades especiais sobre as conseqüências prejudiciais do aborto para a saúde da gestante".

O advogado indicou que os médicos "podem atuar positivamente para fazer com que o parecer da mulher mude".

Do mesmo modo, informou que "apresentou uma ação ante a juíza de família e menores para que se fixe a pensão alimentícia que quer passar a sua filha e incorporá-la à Obra Social. Ele é empregado do Túnel, pelo qual tem Ospavial e pode incluir sua filha para que possua a cobertura médica e o plano materno infantil, assim como também a cobertura à pessoa portadora de necessidades especiais".

"O povo entende a complexidade do tema e a dor humana que isto produz, mas estamos convencidos que a interrupção da gravidez não trará benefícios a ninguém", indicou o advogado, admitiu que o pai "está pensando" em realizar uma apresentação judicial contra a liminar da medida que freou o aborto, mas que "nos preocupa fazer coisas mais concretas que ajudem a proteger à menina portadora de necessidades especiais e também da pessoa por nascer".

A mãe da jovem acusa o pai de ter abandonado sua família há 17 anos e ameaçou demandando uma compensação econômica por via judicial se é que insiste em impedir o aborto.