A Associação Educação e Pessoa, que reúne professores da província de Toledo, denunciou que o governo de Castilla-La Mancha, através da Assessoria de Educação, está colocando barreiras aos pais que desejam objetar a disciplina de Educação para a Cidadania, desculpando questões de forma para impedir que avance a oposição a esta matéria.

Através de uma nota, Educação e Pessoa informou que em 14 de agosto a Assessoria de Educação devolveu às escolas as objeções de consciência, desculpando que faltam os endereços dos pais autores das objeções, e exigindo que tornem a preencher as declarações e as dirijam ao Delegado Provincial.

Ante isso, aconselharam aos centros docentes e pais, a remeterem imediatamente as declarações devolvidas pela Assessoria de Educação, porque "não há nenhum motivo formal ou jurídico que avalize" o ato cometido pelo organismo governamental.

Acrescentaram que o governo de Castilla-La Mancha ignora o direito fundamental de liberdade ideológica, religiosa e de culto; e o direito dos pais a educar seus filhos segundo suas convicções.

"O que os pais fazem é informar à Administração sobre sua determinação de objetar quando corresponder; os pais não pedem, nem solicitam nada à Administração. Tão pouco exercem o direito à objeção com esse texto: o que fazem é comunicar a Assessoria sua intenção de objetar", esclareceram.

Nesse sentido, afirmaram que os documentos apresentados pelos pais são legais e eficazes, por isso não devem deixar-se amedrontar "por esta ou outras ações que no futuro pudesse empreender a Assessoria de Educação para obstaculizar seus direitos constitucionais".

"Lamentamos que a política da Assessoria de Educação e a atitude do novo Delegado em Toledo não seja a do diálogo nem a do entendimento. Em vez disso, desejam confundir aos pais e pôr todo tipo de obstáculos a uma oposição cada vez maior à disciplina Educação para a Cidadania", expressaram.

Finalmente, depois de informar que em Toledo há pelo menos 3.200 objeções, assinalaram que Educação e Pessoa, e a Confederação Católica Nacional de Pais de Família e Pais de Alunos (CONCAPA), "farão um seguimento rigoroso de todas as futuras manipulações que durante este curso se produzam e as denunciará à opinião pública regional e nacional".