A Pastoral da Família da Arquidiocese de Paraná (Argentina) dirigiu uma mensagem à comunidade onde destaca que "o aborto nunca é solução para afirmar ou recuperar a dignidade da mulher".

Referindo-se ao aborto que querem realizar em uma jovem portadora de necessidades especiais de 19 anos de idade, cuja gravidez é fruto de uma suposta violação, o texto afirma que neste caso "o fato aberrante que lesou a dignidade da mulher é a violação" que "com firmeza e com força condenamos".

Depois de destacar que "o aborto é sempre um crime contra uma pessoa inocente", o texto recorda que "como dizia a beata Madre Teresa", o aborto "constitui uma ameaça tanto ou mais perigosa que a guerra, já que se volta contra vítimas inocentes que não podem elevar sua voz para defender-se".

O comunicado assinala também que "as razões com que se pretende justificar o aborto não são suficientes para anular o fato fundamental que está em jogo: a vida de Alguém, de uma Pessoa por nascer, com toda sua dignidade, sua riqueza e o respeito que lhe deve".

"Só Deus é Senhor da vida e da morte. Ninguém pode decidir arbitrariamente quem deve nascer e quem deve morrer. Pretender isto constitui o maior ato de discriminação que possa existir", afirma o texto assinado pelo Pe. Ramón Gauna, Encarregado da Pastoral da Família da Arquidiocese de Paraná.

Em seguida, a carta afirma que "quando há uma gravidez, a questão deixa de ser um pouco ‘privada’ e afeta à própria sociedade. Os filhos não são coisas, propriedade exclusiva de quem os gerou. Constituem um dom para toda a sociedade".

Finalmente, a Pastoral da Família exorta "a que se deixe viver este ser inocente" e oferece "ajuda para acompanhar à família durante a gravidez, o nascimento e infância desta pessoa que já vive entre nós. Como Igreja queremos acompanhar a quem se encontre em situações tão dolorosas como estas".