"Em um mundo que põe à margem da sociedade a enfermidade e a debilidade para exaltar a beleza e a perfeição física, vocês diretores de peregrinações e reitores de santuários ofereçam o testemunho de que o primeiro lugar da Igreja é para os esquecidos e marginalizados", exortou o Cardeal Renato Martino, Presidente do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes.

Em seu discurso ao inaugurar em Lourdes (França) o V Congresso Europeu de Peregrinações e Santuários sob o lema "Peregrinações e Santuários, caminhos de paz, espaços de misericórdia" que comemora também os 150 anos das aparições da Virgem Maria a Santa Bernadette, o também Presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz alentou a recordar "que o coração de Deus é misericórdia, que se reflete no homem criado a sua imagem".

Depois de assinalar que os cristãos "devem ser educadores e dispensadores de espiritualidade" como o têm feito no passado incontáveis Santos europeus, o Cardeal destacou que "nossa tarefa consiste em continuar convidando os cristãos e às pessoas de boa vontade a deixar a rotina cotidiana para colocar-se a caminho". "Mas devemos ajudar os peregrinos a encontrar o justo recolhimento", precisou o Cardeal Martino.

"A peregrinação é um caminho de reconciliação. A paz é o fruto de um esforço constante e os cristãos estão chamados a trabalhar para oferecer valores como a amizade, a solidariedade, a compreensão e a caridade", prosseguiu o Cardeal.

Finalmente o Presidente do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes destacou que "é importante que cada um não só aceite a grande diversidade das culturas e expressões de fé, mas também a viva em comunhão". "A peregrinação é também um espaço de misericórdia", concluiu.