O Bispo de Málaga, Dom Antonio Dorado Soto, assegurou que a sociedade atual passou que "uma cultura fiel à cultura do silêncio sobre Deus, e de um mundo cristão a um mundo pagão sem nenhuma referência ao Evangelho".

"Desembocamos na cultura da ‘indiferença religiosa’, onde muita gente, embora se chame cristã, vive como se Deus não existisse, porque não atua em sua vida pessoal, familiar, profissional e social" indicou o Prelado e adicionou que "a mesma religiosidade popular, que aprofunda suas raízes no Evangelho, coexiste hoje com os estilos de vida dominantes, que são neo-pagãos em muitos aspectos".

Em uma recente carta pela festa da Virgem da Vitória, Padroeira de Málaga, Dom Dorado afirmou que Deus, "criador e amigo do homem, aparece para muitos como o grande inimigo da humanidade e do progresso, ou como algo sem sentido do que se pode e se deve prescindir".

Do mesmo modo, o Bispo de Málaga assinalou que "a maior necessidade da Igreja de nosso tempo" é "sua própria evangelização: fortalecer a fé dos cristãos, reiniciar na fé aos não praticantes e propor a fé aos não fieis".

Por isso "uma de suas principais tarefas consiste em anunciar o Evangelho aos que, batizados em sua infância e submetidos à evolução da sociedade e às crises de seu crescimento pessoal, precisam reavivar a fé e aplicá-la às situações concretas de sua vida, para viver da fé como Maria".

Além disso o Prelado reconheceu que a "educação e o fortalecimento da fé dos cristãos constituem hoje o encargo mais urgente da Igreja"; e isto por dois motivos, primeiro porque a "não se pode dar por suposta" e segundo porque "não está socialmente protegida como um valor importante, e a cultura que não procede da fé tampouco dá pé para que ninguém a exponha".

"A Virgem da Vitória constitui um esplêndido exemplo de fé viva e vivida", por isso "tem que avançar na imitação de Maria, a Virgem fiel, a mulher que acredita", concluiu Dom Dorado.