Ao celebrar ontem, domingo, a Missa pelo Dia da Família, o Arcebispo de Lima e Primaz do Peru, Cardeal Juan Luis Cipriani, assinalou que "o aborto fala da covardia da sociedade contemporânea, não dão espaço ao nascituro, os egoístas do mundo de hoje".

"Não podemos estar nesse silencio para não levantar problemas. O aborto é um assassinato e quem o comete é assassino. E essas crianças tem todo o direito de viver", precisou.

"Como há tantos abortos tem que legalizá-lo. Então, sob esse raciocínio, também terei que legalizar o roubo, o delito e tudo aquilo que se dá freqüentemente em uma sociedade", advertiu energicamente o Cardeal.

Depois de referir-se à capacidade atual de uma geração para decidir a existência de milhões de pessoas, fato nunca antes presenciado na história, o Cardeal Cipriani recordou as palavras do Papa Bento XVI e denunciou que o enorme problema do relativismo é que confunde e obscurece o que é bom e o que é mau. "Do que me serve uma enorme conquista no campo científico se utilizar para fazer mal?", questionou.

O Arcebispo de Lima disse também que hoje com cinismo se fala do "filho não desejado", quando os filhos não se fazem por acaso. Além disso, os pais são responsáveis pela educação moral de seus filhos e a educação da consciência na família.

Logo depois de indicar que o grande desafio do mundo de hoje é a conquista da liberdade do homem, o Cardeal advertiu que "hoje se fala muito de liberdade, mas se pisoteia a liberdade. Em nome dela, grupos de pressão pisoteiam a liberdade".