Ante o debate suscitado por um professor que dá aulas vestido de mulher, o Consórcio de Médicos Católicos de Buenos Aires rechaçou que alguns setores aleguem que a sexualidade é sentimental e não biológica, pois a ciência demonstra que só existem dois sexos: masculino e feminino.

Os especialistas abordaram o caso ocorrido na Terra do Fogo onde o professor assiste "vestido com roupas e maquiagem feminina". Os promotores da ideologia de gênero respaldaram sua atitude e asseguram que "o que importa é o que ‘sente’ a pessoa e que o sexo não é o biológico –de ser homem e mulher– mas sim os impulsos psicológicos e emocionais que o atraem para outras pessoas do mesmo ou do outro sexo".

"O real, natural, biológica e cientificamente certo, é que só há dois sexos: homem e mulher –explicaram–. Se acham determinados especificamente em forma genética, cromossômica, cromatínica, gônadal, hormonal, anatômica e fisiologicamente".

Os médicos rechaçaram que as autoridades educativas recorram a leis nacionais e convênios internacionais sobre não discriminação para impor a ideologia de gênero aos pais de família que, ao ver estas situações anormais, expressaram seu desacordo.

"Esta é uma interpretação absolutamente incorreta (das leis de não discriminação). A discriminação é algo que não deve permitir-se por motivos de sexo, raça, costumes, pensamento, etc. Mas não se pode invocar discriminação quando se vulneram direitos naturais. A liberdade e os direitos das pessoas cedem ante a liberdade e direitos de outros", explicou o Consórcio de Médicos.

Deste modo indicaram que nas escolas não deve discriminar-se professores e alunos, "mas há limites bem nítidos que não devem ser transpassados, (como) quando se afeta a psicologia, emotividade e conduta atual e futura dos educandos".

"Uma das características e valores mais destacados que os professores e os professores devem dar a seus educandos, é uma imagem adequada do que antropologicamente devem ser as pessoas humanas e o exemplo de conduta em suas atividades. Isso, justamente, dar exemplo com sua vidas ética e moralmente corretas", afirmaram.

Por isso é "absolutamente inadmissível" que docentes "com forte alteração de sua personalidade –e a conduta sexual é parte dela– se pressentem e atuem ante seus alunos. Isso é incorreto pois são modelos de conduta desviada".

Finalmente, depois de denunciar que estas separações "do natural e do fisiológico" estão incluídas nas leis nacionais e provinciais de saúde reprodutiva e educação sexual, os médicos católicos esclareceram que "nestes temas tão íntimos que afetam à pessoa humana em seu corpo e em seu espírito", o Consórcio de Médicos adverte sobre a ilicitude dos fatos, mas não julga às pessoas que são atores dos mesmos porque isso não lhe corresponde.

Mais informação no site www.medicoscatolicos.org.ar