Os bispos de Aragón alentaram aos pais a defender a educação moral de seus filhos ante a doutrinação ideológica que o Estado socialista quer impor com a disciplina de Educação para a Cidadania (EpC).

Através de uma Carta Pastoral, os bispos assinalaram que os pais devem recorrer a todos os instrumentos jurídicos possíveis para fazer respeitar seu direito a decidir a formação de seus filhos, garantido pela Constituição e que, entre outros, está o recurso à objeção de consciência.

"A autêntica democracia supõe respeito aos direitos humanos fundamentais, entre os quais ocupa um lugar preeminente o direito inalienável dos pais a decidir livremente o tipo de educação que querem para seus filhos", afirmou o texto.

Nesse sentido, recordaram que é dever estado "proteger os direitos e obrigações dos pais e de todos outros sujeitos educativos, colaborando diligentemente com eles"; e indicaram que o exercício do princípio de subsidiaridade deve ir junto com a vontade dos pais.

Do mesmo modo, os prelados advertiram que a disciplina do EpC vai contra a Carta Magna da Espanha porque não respeita a liberdade de pensamento e de ensino. "A imposição de acima de uma matéria curricular desta índole não respeitaria a seqüência constitucional: liberdade de pensamento, liberdade de ensino e liberdade dos pais de decidir a identidade da educação integral dos filhos".

Depois de criticar o caráter laicista da matéria, os bispos afirmaram que EpC "poderia ter uma saída fácil se a descarregasse de sua forte componente antropológica e ética, ou se perdesse seu caráter obrigatório e avaliável".

Finalmente, o texto valorizou o "grande esforço" de organizações como a CONCAPA, CECE, o Foro Espanhol da Família e Profissionais pela Ética, que têm proposto, vários caminhos democráticos como o recurso de inconstitucionalidade e a objeção de consciência.

A Carta Pastoral está assinada pelo Arcebispo de Zaragoza, Dom Manuel Ureña; e os bispos de Barbastro-Monzón, Dom Alfonso Milián; Huesca e Jaca, Dom Jesús Sanz Montes; Teruel-Albarracín, Dom José Manuel Lorca; e de Tarazona, Dom Demetrio Fernández.

O texto pode ser lido, em espanhol, na página
http://host-216-88.elsendero.net/pdfs/OBZAtitularescarta.pdf do Arcebispado de Zaragoza.