Dom Héctor Aguer, Arcebispo de La Plata e membro da Comissão de Educação da Conferência Episcopal Argentina, denunciou que na nova disciplina "Construção de Cidadania" doutrinar-se-á as crianças e os jovens argentinos "com versões crioulas das idéias de Foucault e do neomarxismo da Escola de Frankfurt".

Ao inaugurar a 19° Exposição do Livro Católico, o Prelado argentino explicou que com esta doutrinação "articula-se um processo para fazer das crianças e adolescentes portenhos pequenos teóricos críticos para trocar a sociedade. Provavelmente resultarão analfabetos, vítimas da abolição das humanidades e dos objetos formais das disciplinas científicas, mas terão que ser revolucionários; para isso os doutrinará com versões crioulas das idéias de Foucault e do neomarxismo da Escola de Frankfurt".

Depois de criticar "a orientação oficial da educação argentina" que se expressa "de um modo mais ou menos discreto na Lei de Educação Nacional e na da Província de Buenos Aires", Dom Aguer denunciou que nesta última, "o mais cru construtivismo’ aparece em documentos tais como o projeto de Redefinição da Formação Docente’ e o ‘Projeto Curricular de Construção de Cidadania’".

"Propõe-se mudar o modo de falar sobre o conhecimento e sua transmissão e a linguagem tradicional da pedagogia, para poder mudar finalmente o modo de pensar, e a mentalidade dos professores", explicou.

"Haverá livros disponíveis para obter estes objetivos. Alguns já estão em circulação, e inclusive chegam de presente às escolas católicas", advertiu o Prelado, e em seguida assinalou que "esta encruzilhada gravíssima da cultura nacional passa inadvertida para quem tem por ofício o dever de adverti-lo".