A Presidente da Comunidade de Madri, Esperanza Aguirre, afirmou que a disciplina Educação para a Cidadania (EpC), "não é outra coisa senão uma doutrinação" e por essa razão na capital espanhola "vamos dar a mínima EpC que a lei nos permite".

Em declarações à La Mañana da rede COPE, Aguirre se referiu às críticas do Ex-vice-presidente do Governo, Alfonso Guerra, contra o PP e a Igreja por sua oposição a EpC. A respeito, Esperanza Aguirre disse que "a Igreja Católica, a Igrejas em geral, as doutrinas, são doutrinas e, portanto, porque os pais o escolhem, nos colégios religiosos se ensina religião".

"Mas nos confessou dom Alfonso Guerra que o que quer fazer o Governo é doutrinar, quer fazer agora uma religião laica de cumprimento obrigatório nas escolas", precisou.

Aguirre explicou que seu Executivo autonômico "escolheu alguns textos para Educação para a Cidadania e um plano para o que se tem que ensinar que não tem nenhum problema desde nenhum ponto de vista". "Não é outra coisa que a Constituição Espanhola, quer dizer, o pluralismo, a liberdade, a igualdade e a justiça, e isso é o que será ensinado", demarcou.

A Presidente da Comunidade de Madri assinalou que esta ideologizada matéria "não se aplicará" na região porque seu partido ganhará as eleições gerais de março e "suprimirá esta disciplina de doutrinação".

"A autonomia tem suas vantagens, no sentido de que neste caso, o decreto de ensinos mínimos é –como seu próprio nome indica– mínimo", disse Aguirre. "Por exemplo, na Comunidade de Madri, quando se falar dos totalitarismos nós temos pensado que os colégios projetem o filme 'A vida dos outros', que me parece que é muito reveladora do que é de verdade um totalitarismo", finalizou.