A Igreja no México junto com legisladores, políticos, organizações civis e pais de família assinaram a Declaração dos Direitos Humanos do Concebido como fruto da reflexão de mais de 100 especialistas em direito, bioética, medicina e educação, que se reuniram em junho para analisar como desde o momento em que se concebe uma pessoa, esta tem direito à vida.

O documento, que contém dez princípios que indicam que todo concebido tem direito a que lhe reconheça como um indivíduo da espécie humana, será entregue ao Congresso da União como apoio à proposta de emenda à Lei Geral da Saúde e ao artigo 4 da Constituição mexicana, indicou o reitor da Antiga Basílica de Guadalupe e impulsionador do projeto, Dom Pedro Agustín Rivera Díaz.

Ao ato assistiu a Deputada Federal, Beatriz García Reyes, quem assegurou que a iniciativa poderia dar "grandes frutos" e rechaçou a idéia de que para discutir projetos como este ou defender a vida tenha que existir um momento político propício. Em seguida, afirmou que sempre se deve procurar a defesa da vida e os direitos, sobre tudo para o nascituro que é uma pessoa indefesa.

A parlamentar assinalou que é necessário elaborar um projeto legislativo para reformar a Lei Geral da Saúde para poder dar uma definição de concebido indivíduo e pessoa aos nascituros.

Por sua parte o Presidente da União Nacional de Pais de Família, Guillermo Bustamante Manila, asseverou que embora não dialogaram com o Presidente da República Felipe Calderón, falaram a esposa do mandatário Margarida Zavala, quem se manifestou a favor da vida.

Também se propôs que em 8 de dezembro, Solenidade da Imaculada Concepção da Virgem Maria, celebre-se o Dia Mundial do Concebido, para promover uma cultura que respeite o ser humano desde sua concepção até sua morte natural.

A declaração se levará às diversas instituições tanto no âmbito local e federal no México como em organismos internacionais, entre as quais se destaca a ONU e a UNESCO.