Mediante um enérgico comunicado, a organização argentina "Pró-vida" fustigou duramente a decisão das autoridades da Universidade Nacional de La Plata de prover gratuitamente a chamada "pílula do dia seguinte", de natureza abortiva, às alunas que os solicitem.

O comunicado assinado pelo Dr. Roberto Castellano, Presidente de "Pró-vida", recorda que o objetivo da universidade é educar e formar seus educandos; mas "a partilha gratuita destes fármacos não educa nem forma, simplesmente favorece os interesses mercantis de seus fabricantes".

Castellano recorda que "tal produto é de caráter abortivo, toda vez que um de seus efeitos é afetar o óvulo já fecundado produzindo um aborto químico, o qual é um delito para a legislação vigente em nosso país".

"Pró-vida" lamenta que a universidade tenha cedido "a pressão de organismos externos que procuram cada vez mais diminuir o crescimento demográfico argentino de modo que se aumente o superávit fiscal para facilitar o pagamento do endividamento externo"; e denúncia que a universidade "não tem nenhum programa de ajuda a seus estudantes mulheres que padeçam algum tipo de dificuldade com sua gestação. Somente vai garantir, em contra ao marco legal, abortos químicos gratuitos".

Para Castellano, esta política do centro de estudos "é uma amostra mais da subordinação moral de muitas de nossas instituições a estratégias coloniais desenhadas para fora de nossas fronteiras".