O Arcebispo de Cali, Dom Juan Francisco Sarasti Jaramillo, defendeu à imensa maioria de sacerdotes generosos e abnegados que conformam sua Arquidiocese ante o ataque mediático da imprensa sobre supostos casos de pedofilia, e indicou que a acusação pontual contra o clero da Catedral de Cali foi transladada "ao Tribunal Eclesiástico Regional para que investigue e estabeleça juridicamente a verdade dos fatos".

Em um comunicado, o Prelado se referiu aos comentários publicados no jornal País" em 22 de agosto e em seguida reiterados por outros meios, que ecoaram da denúncia do Pe. Germán Robledo, ex-membro do Tribunal Eclesiástico de Cali, contra Dom Fred Potes e a outros sacerdotes da Catedral por supostos casos de pedofilia.

Dom Juan Francisco Sarasti reafirmou a probidade da grande maioria de sacerdotes que trabalham na Arquidiocese e que "consagram sua vida ao cumprimento da missão livremente assumida". "É profundamente injusto lançar sobre eles sombras de dúvida com generalizações irresponsáveis", assinalou.

O Prelado lamentou que existissem em diversas diocese casos isolados e injustificáveis de "faltas contra a observância do celibato e contra a castidade por parte de alguns sacerdotes", mas denunciou que se manipulem de fatos sucedidos "em diferentes épocas e circunstâncias" com o fim de deixar a impressão de que existe uma grande desordem moral dentro da Igreja.

Dom Sarasti assinalou que é dever arcebispo velar pela observância da disciplina eclesiástica" nestes e outros temas, e indicou que "não tem que fazer públicas todas suas intervenções a respeito e tem que cuidar da boa fama a que têm direito os sacerdotes como pessoas e cidadãos".

Nesse sentido, afirmou que sobre a acusação pontual contra o clero que disposta seus serviços na Catedral de Cali, será o Tribunal Eclesiástico Regional que investigará e estabelecerá juridicamente a verdade dos fatos de acordo com o direito canônico.

"Quanto a outro tipo de irregularidades mencionadas nos meios de comunicação é necessário que as precise e serão as respectivas auditorias da promotoria quem terá de estabelecer e certificar os fatos", indicou.

Por isso, lamentou que se exercesse a função jornalística em apoio a especulações "como ‘se diz’, ‘fala-se’, ‘fazem rumores, ‘tem-se notícia’", sem indicar as fontes, acusadores, datas de documentos, conteúdos nem remetentes.

Finalmente, Dom Sarasti convidou aos paroquianos a acompanhar e ajudar seus sacerdotes e a orar por eles para que cumpram fielmente seu serviço pastoral.