Em seu semanário "Desde la Fe" (Desde a Fé), a Arquidiocese do México criticou duramente o papel desempenhado até agora pela atual legislatura.

O semanário assinalou que "um dos principais responsáveis pela marcha no atual processo democrático" que se vive no país é o Congresso da União, de qual destaca que "a atual legislatura se manifestou, até agora, como uma das mais irresponsáveis das que se tenha memória, cujos integrantes se dedicaram mais a seus assuntos partidários que ao bem geral da nação".

Em sua coluna editorial "Desde la Fe" assinala que "quase nada prospera pela enorme divisão inoperante e a incapacidade de diálogo que manifestaram uns e outros" legisladores de ambas as câmaras.

"Todos os setores do país estão de acordo com a necessidade e urgência de mudanças estruturais em distintos itens, menos quem deve procurar estas mudanças", destaca.

O semanário adiciona também que os congressistas do Partido da Revolução Democrática (PRD) continuam "em uma flagrante contradição política, obcecados no tema da fraude que ninguém viu nas eleições federais do ano passado, nem os observadores nacionais nem os estrangeiros, nem as pesquisa nem os tribunais eleitorais", entre outros.

"Mais que tomar seu papel como segunda força legislativa mantém-se na teimosia ao diálogo e a participação, não obstante que recebem todos os benefícios econômicos do erário", destaca a publicação da Arquidiocese primaz do México.

Aos legisladores do Partido Revolucionário Institucional (PRI), que "seguiram com suas práticas antigas", considera os personagens "pouco confiáveis, nada claros em suas propostas, cambiantes em função de interesses pessoais e de grupo, negociando por debaixo da mesa para não assumir os custos políticos das decisões e compromissos que necessariamente se devem tomar".

Sobre o governante Partido Ação Nacional (PAN), "Desde la Fe" assinala que apesar de ser a primeira força política, "aparece quase sempre com enorme debilidade, sem aliados e sem contundência para avançar nas mudanças estruturais". Pouco faz, adiciona, por fortalecer as posturas do Executivo, "que em muitas ocasiões deve avançar apoiado em sua habilidade pessoal".

Do resto dos partidos políticos com presencia em ambas as câmaras, publica que "estão virtualmente ausentes".

"O dilema não é se o Presidente do México será capaz de apresentar o Relatório e comunicar-se com a nação, mas sim se os legisladores serão capazes de assumir responsavelmente sua tarefa para que nossa democracia funcione e o país avance", conclui o semanário da Arquidiocese primaz.