O Instituto de Política Familiar (IPF) denunciou que o aborto adquiriu proporções tão maciças na Espanha, que se converteu em uma verdadeira epidemia no país.

Segundo os dados oficiais analisados pelo IPF, Espanha já teria superado 1.100.000 abortos (1.117.000) desde que este se legalizou em 1985.

Nos 10 últimos anos (1996 - 2006), os abortos quase duplicaram com um incremento de 90,5% fazendo da Espanha o país europeu onde mais incrementaram o número de abortos, seguido da Bélgica e da Holanda.

"Os dados das comunidades Baleares e Valência correspondentes ao ano 2006, com um crescimento de 12,6% e 8% com respeito à 2005 respectivamente confirmam que no ano 2006 superaram os 97 mil abortos anuais. E de continuar com esta tendência, em 2010, um em cada 5 gravidezes (125 mil anuais) terminará em aborto", assinalou Eduardo Hertfelder, Presidente do IPF.

"As estimativas são que o aborto na Espanha continua em escalada desgovernada no ano 2006", prossegue Hertfelder. "Com os dados que dispomos de várias comunidades autônomas, podemos afirmar que no ano 2006 superaram os 97 mil abortos ao ano. Isto criará um incremento de, pelo menos, 6% com respeito a 2005 e suporá que, como mínimo, a cada dia na Espanha terão deixado de nascer 266 crianças devido ao aborto, de tal maneira que se produz um aborto cada 5,4 minutos".

Segundo o IPF, os dados de 2006 demonstram que:

· Será rompido a barreira dos 97 mil abortos ao ano e se superará amplamente os 100 mil abortos ao ano em 2007.

· Superou-se o 1.100.000 abortos (1.117.000 abortos), desde que se legalizou em 1985.

· Produz-se um aborto a cada 5,4 minutos e são 266 abortos que se produzem ao dia (mais de 11 abortos a cada hora).

"O Ministério da Saúde deve reorientar drasticamente sua política de saúde e sexualidade uma vez constatada sua ineficácia de maneira que consiga parar e/ou diminuir este importante incremento de abortos, que faz que cada dia se produzam 266 falecimentos por aborto na Espanha convertendo-se na principal causa de mortalidade na Espanha", assinala Hertfelder.

Segundo o líder do IPF, "é necessária uma reorientação drástica de uma política obsoleta e errônea que demonstrou obstinadamente seu fracasso. É inaudito que no dia de hoje o Ministério da Saúde não queira fazer uma distinção entre abortos realizados por risco para a saúde física da mãe e os produzidos por risco para sua saúde psíquica quando representam na prática totalidade (96,7%) dos abortos totais. Seguir insistindo em ocultar a realidade ou em políticas esgotadas não é, portanto, a solução eficaz".

O IPF considera que "é imprescindível contribuir com soluções novas". Entre elas é necessário o desenvolvimento de uma política preventiva que gire ao redor de quatro eixos:

· A sensibilização e conscientização sobre a importância e o valor pessoal e social da natalidade, a gravidez e a maternidade.

· O aumento dos recursos públicos tanto de organismos como de dotações orçamentárias.

· A implantação de medidas de apoio destinadas à mulher grávida.

· Uma política de informação à mulher grávida.