O Bispo de East Anglia, Dom Michael Evans, um antigo membro de Anistia Internacional (AI), advertiu que a organização tem esta semana a última oportunidade de reverter sua anunciada postura oficial abortista, porque do contrário poderia enfrentar um boicote por parte dos católicos.

Dom Evens assinalou que AI, cujo conselho internacional acontece nesta semana na capital do México, pode mudar de opinião sobre a adoção de uma política que incluirá a defesa do aborto como direito.

Em declarações à publicação Guardian Unlimited, recolhidas pelo LifeSiteNews.com, o Bispo assinalou que "os católicos e aqueles que se oponham a esta mudança de política devem considerar esta reunião como uma última oportunidade para fazer algo".

As declarações do bispo seguem a uma série de advertências e exortações de líderes eclesiásticas, organizações laicas e paroquianos católicos em todo mundo.

Em junho passado, o Cardeal Renato Martino, Presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz, rechaçou a nova política e advertiu que os católicos se veriam obrigados a retirar seu apoio a AI.

"Se a AI persistir nisto, os indivíduos e organizações católicas devem suspender seu apoio porque, ao decidir promover o ‘direito’ ao aborto, AI traiu sua missão", indicou.

Com efeito, a AI foi fundada em 1961 pelo advogado inglês converso ao catolicismo, Peter Benenson, para defender os prisioneiros de consciência. Após, com o apoio do Vaticano conseguiu ter 1.8 milhões de membros em todo mundo, e obteve o Prêmio Nobel da Paz em 1977.

Uma das porta-vozes do grupo, Kate Gilmore, negou que a AI se converta em uma organização abortista ao promover esta prática e assinalou que o propósito da organização é "defender os direitos humanos, não teologias específicas. Nosso propósito invoca a lei e o estado, não a Deus".

O Vaticano acusou a AI de manter um duplo padrão porque se opõe à pena de morte sob qualquer pretexto, mas agora apoiará o assassinato de um não nascido em algumas circunstâncias.

Segundo o presidente do Campaign Life Coalition, Jim Hughes, se a AI mantiver o anunciado curso abortista e "não mudança de opinião se converterá em uma organização abortista a mais como a National Abortion and Reproductive Rights Action League (NARAL). AI deixará de ser uma organização genuinamente preocupada com os seres humanos e salvar vidas para converter-se em uma organização que defende o assassinato de seres humanos".