Às 10.00 (hora local) aconteceu a Audiência Geral no Salão Paulo VI, onde o Papa Bento XVI recebeu milhares de fiéis e peregrinos e em sua catequese recordou que a verdadeira teologia deriva da vida de oração e do dialogo constante com Deus.

O Santo Padre se deteve na figura de Gregório Nacianceno, "ilustre teólogo, orador e defensor da fé cristã no século IV, célebre por sua eloqüência, quem teve também como poeta, uma alma fina e sensível".

"Nasceu de nobre família. A mãe o consagrou a Deus desde seu nascimento por volta de 330. Orientou-se para a vida monástica: a solidão, a meditação filosófica e espiritual o fascinava", afirmou o Papa.

Tendo sido chamado a Constantinopla teve que lutar com uma maioria arriana, e naquela época, por volta de 379, fez "cinco Discurso teológicos justamente para defender e fazer inteligível a fé trinitária. Recebeu, por causa destes discursos, o apelativo de ‘teólogo’… porque a teologia para ele não é uma reflexão puramente humana, e menos ainda fruto de complicadas especulações, mas sim deriva de uma vida de oração e de santidade, de um dialogo assíduo com Deus".

O Papa também recordou que após anos de trabalho pastoral, Gregório Nacianceno se retirou a Arianzo, "dedicando-se ao estudo e à vida ascética. Neste período compôs a maior parte de sua obra poética, sobre tudo autobiográfica".

"O De vita sua –continuou o Pontífice-, é uma leitura em versos do próprio caminho  humano e espiritual, um caminho exemplar de um cristão sofredor, de um homem de grande interioridade em um mundo cheio de conflitos. É um homem que nos faz sentir o primado de Deus e por isso também se dirige a nós, a nosso mundo: sem Deus o homem perde sua grandeza, sem Deus não há verdadeiro humanismo".

Finalmente o Papa leu uma síntese de sua catequese em diversos idiomas, entoou o Pater Noster e concluiu a Audiência ministrando sua Bênção Apostólica.