Ao finalizar o 22° Congresso Mundial do Apostolado do Mar, o Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes divulgou o documento final deste evento onde se insiste em introduzir no mundo marítimo o "humanismo cristão da esperança".

O texto emitido ao final do Congresso, que se realizou de 24 a 29 de junho em Gdynia (Polônia) e divulgado recentemente, afirma que "a esperança é a âncora segura e firme da alma e para os cristãos é Jesus". No evento que teve como lema "Em solidariedade com o povo do mar, testemunho de esperança, com a palavra de Deus, a liturgia e a diakonía", exortou-se a introduzir um "humanismo da esperança" através da presença e testemunho nas comunidades marítimas e de pesca.

Conforme explica o documento, o Apostolado do Mar, obra eclesiástica que conta com 110 centros marítimos e capelanias em portos de todo o mundo, busca "edificar a paz, na justiça, a liberdade, a verdade e a solidariedade", para o qual "quer renovar o esforço em favor da promoção humana e a evangelização" para que esta seja "nova em seu ardor, novas em seus métodos e em sua expressão".

O texto também chama o diálogo inter-religioso, tarefa para a qual é importante que os cristãos "se esforcem em conhecer melhor e apreciar aos fiéis de outras religiões, para que estes últimos, por sua vez, possam apreciar e conhecer a doutrina e a vida cristã".

Depois de destacar a necessidade de integrar o Apostolado do Mar e as comunidades paroquiais, o texto explica que são aproximadamente um milhão 200 mil as pessoas que fazem parte da marinha mercante, enquanto que 41 milhões conformam o setor pesqueiro, e em total se encarregam de 90% do comércio mundial.

Deste modo denuncia o drama dos imigrantes que procuram deixar seus países através do mar e como, desde 1998 foram oito mil os africanos que faleceram na tentativa de chegar a costas européias.