O Presidente de Honduras, Manuel Zelaya; o Parlamento, empresários, defensores de direitos humanos e outros setores da sociedade defenderam o Cardeal Óscar Andrés Rodríguez Madariaga, ante os insultos do Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, quem recentemente o chamou "papagaio" e "palhaço imperialista".

Há alguns dias, o Cardeal solicitou ao mandatário venezuelano ser aberto ao diálogo ao governar e recordou que não é um deus "com direito a atropelar os outros sob sua soberba".

"Como Chefe de Estado irei comunicar-me por telefone com o Presidente Hugo Chávez para dar informação sobre a personalidade de Óscar Andrés Rodríguez, explicar quem é e o que significa o Cardeal para nosso país e nosso povo", afirmou à imprensa o mandatário hondurenho.

Por sua parte, o Congresso aprovou uma moção em que solicita a Zelaya que use os canais adequados para pedir a Chávez que se retrate em suas declarações. Seu presidente, o deputado Roberto Micheletti Bain, afirmou que o Cardeal "é um símbolo para todos os hondurenhos e nós não vamos permitir que ninguém, por capitalista que seja da esquerda nem da direita, agrida o Cardeal Rodríguez".

"Os hondurenhos que acreditam firmemente em Deus devemos estar em posições firmes porque nosso sentimento cristão obriga a isso. Por que não se criticou o Cardeal Rodríguez quando andava por todos os países do mundo pedindo que se comutassem as dívidas dos países pobres? Por que não fez elogios a ele em nenhum país destes comunistas que o criticam agora? Por que não procuraram uma forma de agradecer a este cavalheiro por trabalhar pelos países pobres e particularmente por Honduras?", expressou.

Por sua parte, o deputado Juan Orlando Hernández também criticou as afirmações de Chávez porque suas palavras "são uma ofensa contra todo o povo católico e obviamente a uma figura emblemática de todos os hondurenhos".

Por sua vez, o presidente da Câmara de Comércio e Indústrias de Cortés, Oscar Galeano, disse à imprensa que o Governo hondurenho "não deve dilatar o trâmite diplomático para pedir a Chávez que se desculpe com o Cardeal", pois não é correto que o mandatário venezuelano tenha usado "termos tão grosseiros; pondo de manifesto que, além de ter as grosserias que possui, não aceita, no mínimo, nenhuma crítica e muito menos que assinalem certos enganos".