A plataforma cidadã Hazteoir.org (HO) respaldou a decisão de um juiz de Murcia, de dar a custódia de duas meninas a seu pai por considerar que a "atmosfera homossexual" em que vive a mãe lésbica, "prejudica os menores e aumenta substancialmente o risco de que também elas acabem da mesma forma".

O magistrado Fernando Ferrín Calamita disse que o pai se separou de sua esposa quando descobriu que é lésbica e assinalou que "as crianças têm direito a um pai e uma mãe, mas não a duas mães ou dois pais". Esta decisão motivou a reação da Federação de Gays e Lésbicas que acusou o juiz de "homofobia".

Por sua parte, o Conselho Geral do Poder Judicial disse que estudará se as expressões usadas pelo juiz em sua sentença, e que se referem ao lesbianismo da mãe, "podem dar lugar a interpretar que menosprezou a uma das partes". O porta-voz do conselho, Enrique López, disse que não se considerará "se uma orientação sexual pode ou não ser levada em conta na hora de atribuir a custódia de um filho a um pai ou a uma mãe", porque esta questão jurisdicional corresponderia à Audiência Provincial de Murcia.

Ante isso, HO ofereceu Ferrín Calamita apoiá-lo juridicamente em qualquer processo que "o lobby gay" inicie contrariamente. Além disso, enviou o livro "Não é igual: Relatório sobre o desenvolvimento infantil em casais do mesmo sexo", que oferece um resumo das conclusões científicas a respeito deste tipo de adoção e suas conseqüências.

Segundo o presidente do HO, Ignacio Arsuaga, "a sentença se apoiou em dados científicos contrastados por numerosos relatórios de especialistas" e, recordou, "não retirou a custódia à mãe, mas sim em um processo de divórcio, concedeu a custódia ao pai", o que não impede à mãe de "ver suas filhas segundo o regime de visitas que estabelece a própria sentença".

Com respeito ao estudo "Não é igual...", HO assinalou que inclui relatório que demonstram o prejuízo que ocasiona às crianças a ausência de um pai ou uma mãe e que os menores procuram o pai ou mãe ausente em conhecidos do sexo contrário ao do casal homossexual.

O relatório contou com o assessoramento de psicólogos e especialistas, foi editado pelo HO, o Foro Espanhol da Família e o Instituto de Política Familiar.

Mais dados sobre o relatório pode ser lidos em:

http://www.hazteoir.org/modules.php?name=Noticias&file=article&sid=585