O Tribunal de Instrução de Barcelona admitiu a questão apresentada pela Associação E-Cristians contra o "médico" abortista Carlos Morín por "delito contínuo de aborto e associação ilícita" em novembro de 2006 e contra "co-autoria, cúmplices, encobridores, membros da associação ilícita e funcionários de Saúde de Generalitat".

Logo que a fiscal Ana José Crespo Cuadrado enviou um relatório ao Tribunal de Instrução N° 33 de Barcelona onde considera procedente a questão contra Carlos Morín, o tribunal determinou que investiguem suas atividades e as das Clínicas Ginemedex, TBC, EMECE, e Clínicas Barnamedic de Barcelona.

E-Cristians manifestou que "nos alegra que se aceite o trâmite a querela e se inicie a investigação; esperamos que as investigações esclareçam toda a verdade a respeito das atividades das empresas do doutor Carlos Morín; desde E-Cristians colaboraremos ao máximo com a justiça".

Por sua parte a fiscal Crespo propôs que as investigações "não colidam com o direito dos pacientes à intimidade e o proteção de seus dados", por isso recomenda que não se peçam arquivos, livros, discos rígidos, etc das entidades investigadas.

Crespo Cuadrado propõe em troca que a Segurança Social apresente o histórico trabalhista das empresas Ginemedex, EMECE e TBC, e que o departamento de Saúde da Generalitat de Cataluña proporcione os relatórios das inspeções que tenha realizado em Ginemedex, EMECE e TBC.

Além disso expõe que se tome a declaração de Morín e que se tenha em conta a reportagem realizada pelos jornalistas britânicos Daniel Foggo e Charlotte Edwards do Daily Telegraph e Sunday Telegraph em outubro de 2004 e o DVD da reportagem de jornalistas dinamarqueses emitido em outubro de 2006 em uma cadeia pública desse país.

E-Cristians apresentou em novembro de 2006 uma denúncia por delito contínuo de aborto ante o Colégio de Médicos de Barcelona contra Carlos Morín, quem esteve no cárcere de Fontcalent em Alicante (Espanha) em novembro de 1989 acusado de abortos ilegais na clínica Ginetec.