MADRI, 23 de jul de 2007 às 20:10
O Presidente do Foro Espanhol da Família (FEF), Benigno Blanco, enviou uma carta ao Presidente do Parlamento Europeu, Dr. Hans-Gert Pöttering, onde esclarece que o problema da ideologizada e controvertida disciplina Educação para a Cidadania (EpC) é "um conflito entre o Governo e as famílias; não entre o Governo e as igrejas", como afirma o euro deputado espanhol Miguel Ángel Martínez.
O documento afirma que a única coisa que as igrejas têm feito, principalmente a Igreja Católica, é "apoiar as iniciativas civis feitas pelos pais para defender sua liberdade".
Blanco assinala que "o Governo espanhol regulou uma matéria nova que se vai ministrar obrigatoriamente em todos os centros escolares espanhóis" e cujos conteúdos "entremetem-se descaradamente no âmbito do direito dos pais a formar a seus filhos conforme a seus critérios morais".
"Milhares de famílias e estudantes espanhóis de todo tipo de centros -em sua maioria públicos- estão exercitando o direito constitucional de objeção de consciência negando-se a cursar alguns ensinos que percebem como uma vulneração de sua liberdade ideológica por um Governo que não respeita os parâmetros próprios de uma democracia moderna e européia", afirma à missiva. "Os conteúdos desta nova disciplina foram determinados sem escutar nem dialogar com os representantes das famílias espanholas", adiciona.
"As famílias espanholas não se opõem à existência desta disciplina mas sim a alguns conteúdos que são incompatíveis com o exercício em liberdade das responsabilidades formativas que correspondem aos pais conforme ao direito europeu e espanhol", afirma.
Finalmente o Presidente do FEF agradece à autoridade européia "seu interesse por aprofundar nesta questão que preocupam os pais e mães de família que vêem ameaçado seu direito de educar seus filhos com liberdade".