As objeções de consciência à disciplina laicista de Educação para a Cidadania (EpC) na Espanha já chegaram a dez mil e seguem aumentando pois muitos pais exerceram seu direito e ainda não o comunicaram às organizações que promovem e registram estas ações.

A associação Profissionais pela Ética (PPE) indicou em um recente relatório que receberam 9.962 objeções de pais que "alegando motivos de consciência e buscando seus direitos constitucionais, não querem que seus filhos assistam à aula do EpC".

Além disso, PPE assinalou que "apresentaram-se objeções em todas as comunidades autônomas espanholas" tanto em "centros públicos como privados" e que estas objeções de consciência "produzem-se mais nos povoados que nas cidades".

Segundo a porta-voz do PPE, Leonor Tamayo, "em oito meses ocorreram mais de 150 palestras sobre o EpC por toda a Espanha, o que implica umas quinze mil pessoas que receberam informação direta", além dos 80 mil folhetos e guias informativos que foram distribuídos e acrescenta que "incrementou-se o número de associações e plataformas que estão difundindo a objeção de consciência frente à disciplina EpC".

Assim às 31 organizações existentes se uniram outras mais. A lista dos lugares onde mais objeções se apresentaram está liderada por Castilla-La Mancha com 3.397, seguida pela Comunidade de Madri com 2.500, Região da Murcia com 1.800 e Andaluzia com 608.

Em uma recente reunião em Madri os representantes das organizações que promovem a objeção de consciência lembraram-se de intensificar suas ações e centrar "seus esforços na defesa dos direitos dos pais frente à ameaça e pressões, e promoverão alianças internacionais para proteger a liberdade de educação e consciência", explica PPE.