MADRI, 11 de jul de 2007 às 12:20
O Arcebispo de Burgos, Dom Francisco Gil Hellín, afirmou que "os mártires não têm cor política nem pertencem a nenhum grupo. Quem tentasse vê-los de forma política, além de uma profunda deformação histórica, cometeria um grave engano intelectual", ao escrever sobre a beatificação de 498 mártires espanhóis que se realizará no dia 28 de outubro em Roma.
"As beatificações destes nossos irmãos na fé só remetem a um grupo: o do amor, o do perdão e o da plena reconciliação. Este é sua mensagem e esta a grande lição para a Igreja de hoje e de sempre", disse o Prelado.
Depois de afirmar que quando "75 % dos mártires cristãos de todos os tempos pertence ao século vinte", Dom Gil indicou que os novos beatos são "um exemplo e um estímulo para nós. Exemplo para o perdão e estímulo para a reconciliação. Assim como exemplo e estímulo para sermos fiéis em um momento onde o laicismo e o materialismo tomaram a substituição para nos fazer claudicar em nosso seguimento de Jesus Cristo".
"Estes mártires desmentem com rotundamente que o mundo moderno se move unicamente pelo poder, dinheiro e prazer, e confirma que há muita gente, não por desconhecer menos realidade, que se move pelo amor e pelo perdão. Sua entrega até a morte, por amor e fidelidade a Jesus Cristo, deve ser um incentivo e uma couraça para não nos render ante os deuses do positivismo, do materialismo e do hedonismo", afirmou o Arcebispo de Burgos.
Finalmente, o Prelado alentou "aos sacerdotes e religiosos de toda a diocese –especialmente aos das paróquias nas quais nasceram e foram batizados os mártires– a difundir o conhecimento destes nossos irmãos, e a convidar suas respectivas comunidades a participar com maior assiduidade e ardor nos sacramentos da Penitência e da Eucaristia".