A Conferência Episcopal do Uruguai (CEU) pediu aos legisladores não aprovar a legalização do aborto no país, contemplado no projeto sobre saúde sexual e reprodutiva que se discute atualmente no Senado.

Depois de recordar em uma mensagem publicada na sexta-feira passada onde "em muitas oportunidades manifestamos nossa posição diante de projetos de lei sobre a vida humana em consideração no Parlamento Nacional", os bispos reiteraram, "ante uma nova instância de discussão parlamentar", seu chamado aos legisladores para que nossas leis respeitem e protejam o valor supremo da vida de todos os seres humanos, em todas suas etapas".

Em sua "Mensagem em defesa da vida humana", a CEU recorda –como o fizesse em novembro de 2002–, que "o bem da vida de todo ser humano, é um valor constitutivo da ordem social; daí que a legalização do aborto terá que localizá-la, em primeiro lugar, no terreno da ética da conduta humana, que nos permite distinguir o bom e o mau, motivando e educando para estes valores. A ordem jurídica, apoiado na natureza humana, não é arbitrário e caprichoso, nem pode ficar sujeito a maiorias circunstanciais".

"As situações originadas por gravidezes não desejadas não se podem solucionar eliminando vidas humanas, especialmente, a dos seres mais indefesos.

Apelamos à sensatez dos que assumem a responsabilidade de legislar sobre direitos humanos, que são o fundamento de uma sociedade justa e solidária", assinala a mensagem assinada pelo Presidente e Vice-presidente da CEU, os bispos Carlos Collazzi e Raúl Scarrone, respectivamente.

Estima-se que atrás de seu estudo no Senado, o projeto legislativo poderia entrar em pleno legislativo no fim de agosto ou princípios de setembro.