MADRI, 8 de jul de 2007 às 20:19
O Presidente da plataforma cidadã Hazteoir.org, Ignacio Arsuaga, exigiu ao Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) que respeite o direito dos pais à objeção de consciência ante a disciplina Educação para a Cidadania (EpC) em vez de ameaçar fechando os colégios privados porque "não é a Igreja que está objetando", mas sim "milhares de pais" em todo o país.
Arsuaga respondeu desta maneira às ameaças que na quarta-feira lançou o euro deputado socialista Miguel Ángel Martínez, quem expressou "a conveniência de reformular o seguir financiando os colégios privados", aqueles financiados com dinheiro público e que são administrados pela Igreja; porque segundo ele, é ela a que está chamando abertamente a objetar esta disciplina.
"Queremos recordar ao PSOE que não é a Igreja que está objetando, como tampouco há um só centro que se negou a ministrar a disciplina, e sim, são milhares de pais em toda a Espanha os que recorrem à objeção –como não poderia ser de outra maneira, já que o direito à objeção só ampara os indivíduos– que se sentem ameaçados em seu direito fundamental de educar seus filhos segundo suas convicções", assinalou.
Indicou que este direito se vê "ameaçado por uma disciplina de forte conteúdo ideológico" e que "se impõe como avaliável sem contemplar sequer uma matéria alternativa".
O Presidente do Hazteoir assinalou que isto se comprova facilmente nos livros texto que serão utilizados ou nas leituras promovidas pelo Ministério de Educação e Ciência –como "Ali Babá e os 40 bichas"– e que têm um amplo conteúdo ideológico ao inculcar o relativismo, a ideologia de gênero, a ausência do sentido transcendental do homem, entre outros; que querem impor desde o Estado sob uma falsa formação de cidadãos.
Finalmente, ante a afirmação do euro deputado socialista de que o rechaço ao EpC "está em contradição com o espírito e as normas da UE", Arsuaga recordou que o direito a educar é dos pais e não do Estado; avalizado pela Constituição espanhola, as leis internacionais e o "espírito europeu" ao que apela Miguel Ángel Martínez.