O semanário Alba reproduz esta semana as declarações do escritor Ricardo de la Cierva para quem a polêmica disciplina de Educação para a Cidadania é "o mais maçônico da legislatura de Zapatero", e apresenta fatos que comprovariam esta tese.

Segundo Alba, "o marista, diretor geral da editorial SM, fundador e membro de seu projeto pedagógico, o Pe. Javier Cortés, participou no dia 8 de junho da jornada ‘Maçonaria e Século XXI’ organizada por Loja Maçônica Miguel Servet de Zaragoza".

O semanário denunciou que "o sacerdote marista foi um dos três conferencistas escolhidos nas jornadas zaragozanas. Sob o título ‘Maçonaria e Educação’ o Pe. Cortés debulhou ‘os ideais da maçonaria entrecruzados com o desenvolvimento do grande impulso educativo da Modernidade e sua sobrevivência nos debates educativos atuais’".

"Casualmente é SM a editorial mencionada pelo presidente Zapatero no Debate sobre o Estado da Nação. Zapatero desafiava Rajoy para que assinalasse ‘um só texto’ que contradissera os valores cívicos e democráticos. O líder da oposição não aceitou esse desafio, embora tenha qualificado a disciplina como ‘Catecismo do bom socialista’. Não é a primeira vez que um membro do Executivo Zapatero menciona expressamente o editorial dos maristas. Recentemente a ministra Cabrera defendeu também no Congresso o texto do EpC elaborado pelo SM", denuncia Alba.

Deste modo recorda que "o autor encarregado pela editorial SM para elaborar o livro texto do SM é José Antonio Marina, porta-voz oficial do Ministério de Educação na EpC. Marina sustenta abertamente que ‘é necessário superar o monopólio que as religiões exerceram sobre a moral’. Um discurso abertamente maçônico. Mas é que além disso, Marina defende que a educação deve ajudar o educando a forjar sua identidade nacional, sexual etc. Quer dizer, não se nasce espanhol ou francês; nem homem ou mulher, mas sim o educando vai construindo sua própria identidade segundo seu desejo".

"Estes dados confirmam a tese do escritor Ricardo de la Cierva, quem sustenta que EpC é ‘o mais maçônico’ dos três anos de legislatura Zapatero. E o círculo se estreita se tivermos em conta que o muito laicista Gregorio Peces Barba defensor da laicidade na Constituição espanhola– assinalou que a polêmica disciplina de Educação para a Cidadania (EpC) ‘bem valia uma legislatura’", adiciona o semanário.