"Não devemos esquecer-nos dos cristãos que vivem na Turquia", insistiu Dom Ruggero Franceschini, Presidente da Conferência Episcopal da Turquia, a poucas horas de iniciá-la "Manifestação Nacional contra o êxodo e a perseguição dos cristãos no Oriente Médio, pela liberdade religiosa no mundo" promovida em Roma.

Conforme informa a agência SIR, o Prelado afirmou que "o entendimento e o respeito que se alcançou logo depois da visita de Bento XVI em novembro de 2006 desapareceram. O pluralismo religioso tão auspiciado está agora inativo. Aqui na Turquia não podemos fazer nada porque não somos reconhecidos como Igreja Católica latina".

O também Arcebispo de Izmir indicou que "nossa Igreja com muita fadiga consegue confrontar todas as dificuldades que enfrenta: Não podemos ter nosso clero, é difícil abrir novas Igrejas, há lugares como Antalya aonde desde 2005 os católicos não têm um lugar de culto. As celebrações se realizam nas casas mas faz falta estarem atentos. A falta de reconhecimento nos impede de estar ao mesmo tempo com outros ritos orientais".

"Não queremos invocar um princípio de reciprocidade mas sim só queremos ver realizado o direito à liberdade religiosa que a carta dos direitos do homem estabelece. Isto em um país que quer entrar na Europa é importante. Infelizmente o crescimento de certo fundamentalismo islâmico coincide com o homicídio do Pe. Andrea Santoro e de três cristãos em Malatya, estes últimos assassinados com uma brutalidade inimaginável".

"Entretanto temos a esperança que a maior parte dos turcos querem o diálogo e a convivência pacífica, mas é uma maioria silenciosa frente à propaganda agressiva que em algumas mesquitas prega a guerra Santa".