A Comissão Jurídica Eclesiástica da Conferência Episcopal Equatoriana reiterou que a legislação da Igreja não permite a participação do sacerdote cuencano Fernando Vega nas próximas eleições de uma Assembléia Constituinte no país.

A Comissão do Episcopado assinalou que tanto o Código de Direito Canônico como o tratado internacional entre a Santa Sé e o Estado equatoriano, denominado Modus Vivendi estabelecem claramente a proibição de que os sacerdotes participem de processos eleitorais.

O grupo de juristas assinalou que o Arcebispo de Cuenca, Dom Vicente Cisneros, atuou segundo a legislação eclesiástica e civil vigente ao proibir o Pe. Vega de participar como candidato a um posto na próxima Assembléia Constituinte.

O Pe. Vega, responsável pela Pastoral Social de Cuenca, lidera a lista eleitoral da aliança esquerdista "Acordo País". O Arcebispo Cisneros pediu ao sacerdote renunciar à candidatura; mas este propôs em troca entrar em um "ano sabático" para poder dedicar-se "temporariamente" à política.

A Comissão Jurídica Eclesiástica, entretanto, assinalou que o ano sabático não é uma alternativa possível, pois a proibição não deixa lugar para estas medidas.

O Pe. Fernando Vega insiste que seguirá com sua carreira política e assinalou que se resulta eleito nas eleições para a Assembléia Constituinte porá a disposição seu cargo no Arcebispo.