A Conferência Episcopal Boliviana (CEB) pediu à Assembléia Constituinte reconhecer o papel do catolicismo na vida da Bolívia e indicou que não pretende privilégios, mas sim o respeito ao status jurídico da Igreja, amparado pelo direito público internacional e o privado nacional.

Assim explicou o coordenador da representação da CEB ante a Assembléia Constituinte, Juan Carlos Velásquez Silvestre, ao difundir uma proposta do Episcopado ante a representação nacional.

Velásquez reafirmou que não pedem privilégios nem que a Bolívia seja um estado confessional, mas sim o respeito à liberdade religiosa e ao status da Igreja. Recordou que ante a Organização das Nações Unidas (ONU), a Santa Sé é reconhecida como qualquer outro estado, representado neste caso pelo Núncio Apostólico.

O representante da CEB ressaltou que além de sua missão profética, a Igreja colabora com o Estado realizando obras sociais em saúde, educação e outros âmbitos do desenvolvimento humano; materializadas graças aos convênios assinados entre ambos. "A recíproca autonomia da Igreja e a comunidade política não comporta uma separação tal que exclua a colaboração", acrescentou.

 Finalmente, Juan Carlos Velásquez expressou que a Igreja reconhece na Assembléia Constituinte uma grande oportunidade para construir pontes de encontro, reconciliação, diálogo, transparência e busca de consensos indispensáveis para uma verdadeira democracia em que todos possamos exercer em liberdade os direitos e obrigações.