As objeções de consciência contra a disciplina Educação para a Cidadania (EpC) seguem aumentando na Espanha. Às apresentadas nas semanas anteriores se somam agora as apresentadas recentemente por Antonio Jiménez e Trindad Fernández, pais de doze filhos, para cada um dos nove filhos em idade escolar que estão em diferentes colégios públicos e privados.

Os dois filhos maiores, Marta e Alejandro de 19 e 17 anos respectivamente objetaram por si mesmos no Instituto Público La Estrella (A Estrela) alegando que as idéias e pensamentos dependem da própria pessoa. "O que nós pensamos ou criamos depende de nós mesmos e de ninguém mais. Como muitos, nossos pais podem nos orientar. Recordemos que as idéias não se impõem, mas sim são propostas", assinalaram os alunos.

Por sua parte, os pais manifestaram seu rechaço à disciplina por considerá-la "uma intromissão no direito a ensinar e educar nossos filhos nos princípios nos quais nós acreditamos. O sistema educacional não é o que deve fazê-lo e muito menos o Governo".

O Foro Espanhol da Família (FEF) recordou que a controvertida disciplina imposta pelo atual governo "introduz objetivos, matérias e critérios de avaliação que afetam diretamente na formação moral dos alunos de 10 a 18 anos, terreno que corresponde apenas aos pais para decidir, tal como reconhece o artigo 27.3 da Constituição Espanhola".

"Através desta nova disciplina, pretende-se educar os alunos na peculiar visão ética da pessoa e da afetividade que têm os atuais governantes, contra a consciência da maioria de pais e mães espanhóis", acrescentou.

Todos os passos para formalizar a objeção de consciência se encontram explicados em www.objetamos.com