Em declarações ao Serviço de Informação Religiosa (SIR) da Conferência Episcopal Italiana, uma importante autoridade do Vaticano antecipou que o Papa Bento XVI e o Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, falarão amanhã, sábado, sobre assuntos como a paz no Iraque, a justiça e a convivência pacífica de todos os homens.

O Cardeal Ignace Moussa Daoud, Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, considerou provável que na primeira audiência que o Pontífice concede ao mandatário americano, abordando o "respeito da liberdade religiosa para as minorias como a cristã no Iraque" e o assassinato do sacerdote Ragheed Ganni e três diáconos no dia 3 de junho em Mosul, norte do Iraque.

Depois de recordar que a resposta cristã ante as perseguições é "perdoar e pedir paz e justiça para todos", o Cardeal Daoud destacou que "o mundo está sentindo agora o grito dos cristãos iraquianos que sofrem violências como conversões forçadas, seqüestros, homicídios, expropriações e Igrejas profanadas convertidas em mesquitas".

Segundo o Prefeito, "o mundo não pode deixar de ver e sentir o que ocorre, mas possivelmente não pode intervir, embora nossa voz esteja chegando a todos".

Bush declarou à imprensa italiana que gostaria de falar com o Papa sobre o "desejo de Cuba ser livre" e disse que visitará o Vaticano "com a mente aberta e com muitas vontades de escutar" o Santo Padre.

O mandatário teve três audiências com o Papa João Paulo II e assistiu seu funeral no Vaticano. Na última –celebrada no ano 2004– entregou ao Pontífice a Medalha da Liberdade do Congresso dos Estados Unidos, uma das mais altas condecorações de seu país.