Porta-vozes de organizações homossexuais radicais asseguraram que os mais altos funcionários da Organização de Estados Americanos (OEA) comprometeram-se a apoiar a agenda de mudanças legais e novos direitos que impulsionam o continente.

Conforme informou o jornal La Prensa, "pela primeira vez, as organizações de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros e intersex (Lgbttti) tiveram voz nas reuniões paralelas à Assembléia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) que se desenvolveu no Panamá".

Este grupo teve um espaço na reunião que sustentou o Secretário Geral da OEA, José Miguel Insulza e os chefes de delegação dos Estados membros com a sociedade civil.

Os porta-vozes da "comunidade transexual" denunciaram as situações de violência que atravessam em alguns países da região e alegaram que estas "som avalizadas por um sistema legal que fomenta a crueldade, repressão, violência e discriminação, apoiadas na orientação sexual, identidade e expressão de gênero".

"Ao falar do tema cruamente e com provas, alguns dos governantes que lideram a XXXVII Assembléia Geral da OEA se mostraram assustados, outros expressaram não conhecer a realidade que vivemos. Mas o mais importante é que Insulza e o embaixador do Panamá na entidade, Arístides Royo, comprometeram-se a trabalhar para que se respeitem os direitos humanos dos Lgbttti", indicou Silvia Rosibel, representante dos transexuais nicaragüenses.

Por sua parte, Natasha Jiménez, um transexual representante do Espaço Latino-americano de Sexualidades e Direitos na Costa Rica, declarou à Imprensa que "a luta" deste grupo deu resultados internacionalmente e que a OEA "respeitou o direito de identidade de gênero dos Lgbttti" porque "o crachá que levava como participante da assembléia a reconhecia como mulher, não por seu nome legal, de homem".