O jornal espanhol La Razón (A Razão) informou que breve começará o processo de beatificação de 36 monges beneditinos que morreram em cárceres e campos de trabalho coreanos por não renunciar a sua fé cristã.

Os missionários morreram durante a perseguição do regime estalinista da Kim IL-sung, entre 1949 e 1952. Segundo La Razón, "este processo provará o trabalho missionário que exerceram estes religiosos com os detentos durante os anos de cativeiro. Em concreto, ofereciam consolo, apoio espiritual, administravam os sacramentos, pregavam e davam esperança a todos os que ali se encontravam".

Logo depois de conseguir o beneplácito dos bispos das diocese interessadas -Pyongyang, Hamhung e Takwon-, proceder-se-á a recolher testemunhos e documentos para a fase diocesana da causa de beatificação em que jogará um papel ativo a congregação dos Beneditinos de Santa Ottilia na Coréia.

O grupo de mártires estaria liderado pelo abade Bonifacio Sauer e o Padre Benedict Kim.

Segundo o jornal espanhol, "a abertura deste processo de beatificação supõe um avanço porque, até a data, o Governo de Seul tinha exercido uma grande influencia para que estes mártires não fossem recordados e, deste modo, evitar um 'incidente diplomático' com o atual regime comunista da Coréia do Norte".

Estima-se que durante a perseguição comunista morreram e desapareceram 300 mil cristãos. "Morreram todos nas prisões norte coreanas durante a terrível quebra de onda de perseguição anti-católica perpetrada atrás da retirada de poder dos comunistas", explicou o vice postulador da causa, o Padre Sabas Lee Seong-geun.