O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), de volta no governo, junto a Esquerda Republicana da Cataluña (ERC), Esquerda Unida (EU), Esquerda pela Cataluña Verde (ECV) e as formações minoritárias do Grupo Misto rechaçaram esta segunda-feira no Congresso dos Deputados espanhol uma Proposição Não de Lei para elaborar um plano de apoio à família que recolha compromissos concretos de apoio real.

A Proposição para fazer efetivo um Plano Integral de Apóio à Família foi apresentada pelo Grupo Popular e estava apoiada em dois relatórios do Instituto de Política Familiar (IPF).

"O PSOE segue menosprezando à família", declarou o presidente do IPF, Eduardo Hertfelder, depois do rechaço da Proposição "que pretendia corrigir o rumo da quase inexistente política familiar espanhola", informa um comunicado do mesmo instituto familiar.

"Mas se esta atitude é triste –prossegue Hertfelder– o é mais o fato de que o resultado da votação mostra o claro divórcio da classe política em relação à sociedade e suas necessidades".

Por sua parte, o presidente da plataforma cidadã HazteOir.org (HO), Ignacio Arsuaga, assinalou que "uma vez mais devemos denunciar como alterar a situação de abandono em que se encontra a família, instituição social fundamental, resulta um trabalho titânico".

"Enquanto a Europa reage e protege à família com planos que intensificam as ajudas à natalidade, à conciliação da vida trabalhista e familiar ou melhoras no tratamento fiscal, Espanha segue à cauda da União nesta matéria fundamental, como demonstram dados como que as ajudas por filhos só alcançam a uma de cada doze famílias e sua importância, além de estar congeladas desde ano 2000, logo que alcança 5% do custo de um filho", acrescentou o presidente do HO.

Arsuaga aproveitou a ocasião para expressar sua confiança em que o Partido Popular (PP) "inclua em seu programa o restabelecimento jurídico do matrimônio, mediante a derrogação da lei que equipara matrimônio e uniões homossexuais, aprovada em 2005 a iniciativa de Rodríguez Zapatero".